Diagnóstico

Os pais são os primeiros a notar algo de diferente nas suas próprias crianças. Contudo, podem passar-se anos até que a família se perceba que há mesmo algo de errado e, por isso, procurem ajuda. Nessas ocasiões, os parentes e amigos, muitas vezes, reforçam a ideia de que não há nada de errado, dizendo que cada criança “tem a sua própria maneira de ser”. Infelizmente, isso só atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor será o resultado.

Pelos 18 meses de idade já é possível detectar nestas crianças um conjunto de características, cuja presença é um indicador bastante seguro de perturbação do espectro autista. No entanto, só é possível começar a avaliar um diagnóstico de perturbação do espectro autista após os 2 anos de idade, sendo que um diagnóstico seguro é, geralmente, feito pelos 3 anos de idade.

Não há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo. Assim, o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do paciente, sempre sendo diferenciado de surdez, problemas neurológicos e retardo mental. Após o diagnóstico, a criança deve ser encaminhada para um profissional especializado em autismo, pois este se encarregará de confirmar ou negar o diagnóstico. Apesar do diagnóstico do autismo não poder ser confirmado por exames, as doenças que se assemelham ao autismo podem. Assim sendo, vários testes e exames podem ser realizados com a finalidade de descartar os outros diagnósticos. Dentro dos vários critérios de diagnóstico três não podem faltar: poucas ou limitadas manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos, interesses e actividades repetitivos. Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de idade.

Os critérios actualmente utilizados para diagnosticar autismo são aqueles descritos no Manual Estatístico e de Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria, o DSM – IV ou pelo esquema de diagnóstico bem-parecido que é encontrado na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), publicado pela Organização Mundial de Saúde. Por fim, também existem as escalas de avaliação, as quais são dependentes do relato dos pais e das observações directas.




Um diagnóstico precoce e uma intervenção adequada são fundamentais para que se consiga um desenvolvimento mais harmonioso das crianças com autismo.


Para consultar os critérios de Diagnóstico do DSM-IVTR relativos a estas perturbações, clique AQUI.