Futuro das crianças com perturbações do espectro autista

É necessário continuar a desenvolver a investigação sobre PEA e, embora haja muitos estudos em curso, ignoramos qual o seu impacto no futuro das crianças e jovens com estas perturbações.

Cada pessoa com autismo tem a sua própria personalidade, sendo um indivíduo único. As pessoas com PEA não constituem necessariamente um estereótipo, podendo revelarem-se muito diferentes umas das outras.

A maior parte das crianças com PEA necessitam de ensino especial e de cuidados residenciais, e só alguns chegam a conseguir viver de forma independente.


Os adolescentes juntam às características do autismo os problemas da adolescência. Podem melhorar as relações sociais e o comportamento ou, pelo contrário, podem voltar a fazer birras, mostrar auto-agressividade ou agressividade para com as outras pessoas.

Os adultos com autismo tendem a ficar mais estáveis se são mais competentes. Pelo contrário, os menos competentes, com QI baixo, continuam a mostrar características de autismo e não conseguem viver com independência.


As pessoas idosas com autismo têm os problemas de saúde das pessoas idosas acrescidas das dificuldades de os comunicarem. Os problemas de comportamento podem por isso sofrer um agravamento. Além disso, perdem muitas vezes o gosto pelo exercício físico e têm menor motivação para praticar desporto, o que não contribui para melhorar a sua qualidade de vida. Por outro lado, o seu comportamento pode tender a estabilizar-se com a idade.

Em suma, cada criança é única e apresenta um nível de desenvolvimento próprio, logo, o facto de alcançarem um dia a independência depende, apenas, das diferentes capacidades que cada um adquiriu, ao longo do tempo, com o processo de intervenção adequado. Pensa-se que apenas alguns dos indivíduos venham a atingir a autonomia social, mantendo-se, uma grande maioria, dependente de terceiros. O melhor prognóstico é apresentado nos casos em que as crianças apresentavam melhores níveis de capacidade intelectual e a melhor evolução nas crianças são aquelas identificadas mais cedo e submetidas a intervenção precoce e adequada.


É pai/mãe de uma criança com PEA? Quais acha que serão as maiores dificuldades no futuro do seu filho? Que desafios enfrentam estas crianças?

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